domingo, 8 de agosto de 2010

Policia

Um bandido morto durante uma operação militar do Rondas Especiais da Polícia Militar (Rondesp), em Pernambués, e o ataque a tiros de pistola .40 de um traficante contra três agentes da Polícia Civil de plantão no módulo em Saramandaia. Este foi o saldo da guerra declarada entre criminosos e polícia, neste sábado, 07, pela manhã.
PMs da Rondesp realizavam incursões com o objetivo de prender vendedores de drogas no bairro de Pernambués, por volta das 9h30, quando avistaram dois homens que demonstraram nervosismo. “Eles carregavam alguma coisa e anunciamos a abordagem. Eles revidaram”, contou o comandante da guarnição, tenente Charles Edgar Silva.
Segundo contam os policiais, o homem, que ainda não foi identificado, foi atingido ao reagir à abordagem e o outro conseguiu fugir ileso. Enquanto o ferido era levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), o foragido, em represália, atacou o posto.
“Eu cheguei a ver o exato momento. Era um homem alto e negro de boné que apontava para o módulo. Na hora me abaixei e avisei aos colegas: Estão nos atacando!”, lembrou o agente que preferiu não revelar seu nome. Segundo o policial, um dos seus colegas ainda conseguiu deixar o posto e deflagrar um disparo contra o suspeito de tráfico. “Mas, uma mulher deixou a casa para olhar o que estava acontecendo, entrando na linha de fogo. Não pude fazer mais nada. Em oito anos de polícia nunca aconteceu isso comigo”, lamentou.
A informação foi passada para a Central de Telecomunicações da Polícia (Centel), que enviou reforço policial. Durante toda a manhã de ontem, cinco equipes vasculhavam ruas à procura do agressor, mas ninguém foi preso.
Os tiroteios promoveram um clima de pânico na região. “Tinha criança nas ruas. O módulo daqui é muito vulnerável. Os policiais não podem fazer muita coisa, só rezar. E o tráfico continua correndo solto”, lamentou a moradora Antônia Carvalho dos Santos, 28 anos, doméstica.
Mesmo após a instalação do módulo, há dois anos, traficantes continuam comercializando drogas normalmente, de acordo com moradores. “Em todo beco tem um ponto. O primeiro é bem ali, a 100 metros do posto”, afirmou um comerciante que prefere o anonimato.
Com o desconhecido morto em Pernambués, a PM apreendeu drogas e um revólver calibre 38.
Ataques - O último ataque como este aconteceu ano passado. O dia foi 7 de setembro, simbolicamente ligado à história do País, mas que marcou um dia de violência em Salvador.
Três suspeitos foram mortos, três policiais feridos em ataques a quatro módulos que foram incendiados durante os ataques.  O motivo seria uma represália à transferência do traficante Cláudio Eduardo Campanha para um presídio de segurança máxima no Estado do Mato Grosso do Sul.
Os ataques seguiram até o dia 11 de setembro com mais incêndios a ônibus e um ataque à loja da Cesta do Povo do bairro de Alto de Coutos. O resultado da onda de violência foi o fechamento dos módulos da PM e redução da atividade comercial em diversos bairros atacados.

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