quarta-feira, 4 de agosto de 2010

7º CONGRESSO NACIONAL DOS VIGILANTES

A Segurança Privada e as alterações na Lei de Segurança Bancária em debate
 
A segurança privada e as alterações na Lei 7.102/83 ,que regulamenta a segurança bancária estiveram em debate no 7º Congresso Nacional dos Vigilantes – Heralde Silva Santos. No primeiro dia de debates, o presidente da CNTV, José Boaventura, abriu a mesa de debates que contou com a presença de Guilherme Maddarena, do Departamento de Polícia Federal e do secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Boaventura abriu os trabalhos lembrando que a segurança privada é um desafio para toda a sociedade e citou os projetos que tramitam na Câmara dos Deputados visando a atualizar a Lei de Segurança Bancária. Ele apontou o que chama de recuos no relatório do deputado Professor Sétimo, que consolida os diversos projetos encaminhados à Comissão de Segurança Privada: questões como a criação do que chama de “meio vigilante”, que seria o profissional com idade entre 18 e 21 anos, que poderia atuar mas não usar arma; a possibilidade de existência do “vigilante autônomo”; a formação das cooperativas, entre outros.

O presidente da CNTV apontou, também, pontos positivos no relatório, como a definição do adicional por risco de vida de 30% e a exigência de que as empresas mantenham assistência psicológica permanente para seus funcionários.

Guilherme Maddarena também criticou alguns pontos do projeto: “Não há nada lá para a Polícia Federal. Existe apenas a determinação de que a União será responsável pela segurança privada, mas nenhum esclarecimento sobre que órgão do governo terá essa responsabilidade, disse. “Nossa idéia é buscar a integração da segurança pública com privada para garantir a redução da criminalidade” ,disse, lembrando que, hoje, no Brasil, a segurança privada já é maior que a pública.

Maddarena citou a segurança clandestina como um dos principais problemas de segurança hoje no Brasil. “As empresas clandestinas não são penalizadas; até porque não há ferramentas legais para isso”. Ele enfatizou que empresas clandestinas não geram tributos e, sim, concorrência desleal, trabalho informal e prejuízo à imagem da segurança privada.

O representante da Polícia Federal sugere que sejam 12 as atividades de segurança, entre elas: o pronto-atendimento de ocorrências; a guarda de presídios; a segurança eletrônica, o monitoramento de bens/pessoas. Ele também propõe a criação da função de guarda patrimonial para suprir o que chamou de “lacuna atual”.

Em seguida, Ademir Wiederkehr traçou um panorama da segurança bancária no Brasil e mostrou problemas como a violência e a insegurança. Ele propôs o estreitamento da parceria entre bancários e vigilantes. E concluiu: “o maior patrimônio que existe é a vida das pessoas e os bancos precisam colocar a vida acima do lucro”.
 
Fonte: Assessoria de Imprensa CNTV

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