quinta-feira, 16 de agosto de 2012

CONTRAF-CUT e CNTV: Pesquisa nacional aponta 27 mortes em assaltosenvolvendo bancos no primeiro semestre


Pesquisa nacional mostra que 27 pessoas foram assassinadas em assaltos
envolvendo bancos no primeiro semestre de 2012, uma média de 4 vítimas
fatais por mês, o que representa um aumento de 17,4% em relação ao mesmo
período do ano passado, quando foram registradas 23 mortes. O levantamento
foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV),
com base em notícias da imprensa e com apoio técnico do Dieese.
São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os estados com o maior
número de casos. A principal ocorrência foi o crime de "saidinha de banco",
que provocou 14 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (15), seguido
de vigilantes (5), transeuntes (3), policiais (3) e bancário (1).
Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes refletem, sobretudo, a carência
de investimentos dos bancos para prevenir assaltos e sequestros. Segundo
dados do Dieese, os cinco maiores bancos que operam no país apresentaram
lucros de R$ 50,7 bilhões em 2011. Já as despesas com segurança e vigilância
somaram R$ 2,6 bilhões, o que significa 5,2%, em média, na comparação com
os lucros.
"Entra ano, sai ano, e muitas pessoas continuam morrendo em assaltos
envolvendo bancos, o que é inaceitável no setor mais lucrativo do país. Isso
comprova o enorme descaso e a escassez de investimentos dos bancos na
proteção da vida de trabalhadores e clientes,, bem como revela a fragilidade da
segurança pública diante da falta de mais policiais e viaturas nas ruas e de
ações de inteligência para evitar ações criminosas", afirma o presidente da
Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"Esses números são assustadores e reforçam a necessidade de atualizar a lei
federal nº 7.102/83, que se encontra defasada diante do crescimento da
violência e da criminalidade. Precisamos de um estatuto de segurança privada
com medidas eficazes e equipamentos adequados de prevenção para garantir
a proteção da vida, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e
clientes", salienta o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.

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