O Instituto Datafolha entrevistou 2.242 pessoas com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, em 143 municípios. Embora 94% tenham afirmado conhecer a tuberculose, somente 1% acertou, em resposta espontânea, a forma de transmissão. Por outro lado, quase 60% acreditam erroneamente que a doença possa ser causada ou agravada pelo fumo, 39% por clima frio ou úmido, 33% por poluição e 18% disseram que é hereditária.
“Muitas vezes nem o médico pensa em tuberculose. Confunde com gripe e dá um antitérmico, sem nem pedir um raio X”, diz. A cozinheira Edna Aparecida Costa, de 47 anos, foi vítima desses desconhecimento. Ela e a irmã foram contaminadas em casa, pelo irmão. “Eu ajudava minha mãe a cuidar da minha irmã. Primeiro a trataram como se fosse pneumonia, depois como se tivesse problema na coluna”, conta.
Sem saber o motivo, Edna também começou a emagrecer e a sentir cansaço. Um ano depois, quando foi encaminhada para o Instituto Clemente Ferreira, referência no combate à doença, recebeu o diagnóstico.
“Minha irmã morreu e eu perdi o pulmão direito.” Estima-se que uma pessoa contaminada transmita a doença para 10 a 15 pessoas por ano se não tiver tratamento. “A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce. É quebrar a cadeia de transmissão”, diz Dráurio Barreira, coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde. O paciente deixa de transmitir a doença duas semanas após o tratamento, que tem duração de seis meses e é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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