domingo, 28 de agosto de 2011

As mesmas potências que jogam bombas na cabeça dos líbios são as que defendem os crimes de Israel


Escrito por: Leonardo Severo, de São Luís-MA


João Felício condenou ações criminosas da OTAN na Líbia
João Felício condenou ações criminosas da OTAN na Líbia
O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felício, voltou a condenar a agressão criminosa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Líbia e denunciar a manipulação midiática em favor da guerra de pilhagem, sob o cínico pretexto de “ajuda humanitária”.
“O que está por trás da guerra da OTAN contra a Líbia não são direitos humanos ou valores democráticos, mas o assalto ao patrimônio do país, a submissão de um governo que as superpotências não tinham controle. Agora, temos Sarkosy brigando com Berlusconi para ver quem vai ficar com a maior fatia das riquezas da Líbia, expondo a conversa fiada da Rede Globo e da mídia sobre os reais objetivos da intervenção”, declarou João Felício, em análise de conjuntura realizada neste sábado (27), em São Luís, durante a Plenária Estatutária da CUT Maranhão.
Vale lembrar, observou o dirigente cutista, que “as mesmas potências que jogam bombas na cabeça dos líbios são as que defendem os crimes de Israel”. João Felício também ridicularizou os “argumentos” do governo dos Estados Unidos, “que sempre financiou as mais bárbaras ditaduras e que agora vem tentar dar lição de democracia e respeito aos direitos humanos”.
Em visita de solidariedade à Palestina no Primeiro de Maio, lembrou o secretário de Relações Internacionais da CUT, “pudemos ver o grau de opressão e segregação a que é submetido o povo que mora na região há cinco mil anos”. E citou o muro do apartheid, que continua sendo erguido por Israel, e que já tem cerca de oitocentos quilômetros, impedindo a livre circulação e infernizando a vida dos palestinos. “Por isso vamos realizar um grande ato na capital paulista na próxima segunda-feira, para manifestar o nosso apoio ao Estado palestino, livre e soberano. É isso o que esperamos da Assembleia da ONU: que faça justiça”, frisou.
João Felício sublinhou que “como quem tem informação tem poder” é necessário que os cutistas invistam na “disputa ideológica, na formação da juventude e das novas lideranças”. “Temos desde sempre uma visão profundamente anti-capitalista, mas sabemos que a superação deste sistema depende da correlação de forças, de estimularmos consciências, de fortalecermos nossa organização, de mobilizarmos a sociedade”, disse.
Ao destacar a relação da política com a economia, João Felício alertou para a necessidade de enfrentar o sistema financeiro, que a nível internacional continua comandando a lógica governamental, “como bem o demonstra o socorro imediato aos bancos, canalizando para a especulação uma enorme quantidade de recursos públicos”. Com este receituário, esclareceu, os Estados Unidos jogaram a sua crise sobre os países e povos, e os governos neoliberais passaram a sucatear e privatizar o Estado, a não dar aumento para o funcionalismo, a cortar recursos da educação e da saúde, ao mesmo tempo em que amplia a sangria dos cofres públicos para os banqueiros e especuladors.
Neste momento, lembrou o líder cutista, está na ordem do dia “a taxação do sistema financeiro internacional, a redução do superávit primário e dos juros altos, para sobrar dinheiro para o investimento público, para o aumento salarial, para o desenvolvimento”. “Com Lula, o Brasil saiu da crise devido ao dinamismo do seu mercado interno, suportou com mais desenvoltura os impactos negativos da pressão vinda de fora via aumento do poder de compra dos salários, da valorização do salário mínimo. Este é o caminho a seguir”, enfatizou.
Filiada à Confederação Sindical Internacional (CSI) e à Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA), destacou João Felício, a CUT tem sua agenda internacional também marcada pelo protagonismo e vem fortalecendo suas parcerias com o movimento sindical latino-americano e africano, o que tem a colocado num patamar superior de articulação e intervenção.
O dirigente cutista defendeu ainda a solidariedade com o povo cubano contra o criminoso bloqueio econômico imposto pelos EUA e a relevância de ampliar ações pela efetiva integração latino-americana.

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