terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Instituto Federal de Ensino Tecnológico: Projeto para implantação do IFET aprovado por unanimidade


O projeto de implantação de um Campus do Instituto Federal de Ensino Tecnológico - IFET em Alagoinhas, conhecida antigamente como Escola Técnica, passou por um processo político com participação destacada do prefeito Paulo Cezar e no Congresso Nacional, da deputada Federal Alice Portugal. Aprovado por unanimidade, a emenda parlamentar da deputada, que contempla a reivindicação alagoinhense, conta com vários simpatizantes como o deputado Federal Daniel Almeida e da senadora Lídice da Mata.
    Toda essa articulação política, no entanto, teve o respaldo do trabalho de técnicos da Secretaria Municipal de Educação, o economista Gleuber Barbosa e da advogada Lais Veloso, diretora de Desenvolvimento de Gestão Pública com o a ajuda do professor do IFET Bahia, Francislei Santana, doutorando em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia. Eles são autores do Projeto que resultou na emenda parlamentar. O secretário de Educação, Caio Castro, acreditou nos técnicos de sua secretaria e enxergou nesse planejamento a possibilidade de atender às expectativas da população, que o prefeito Paulo Cezar tomou como ponto central de sua política de emprego e renda.
    O projeto foi moldado dentro do conceito da instituição que deixou de ser uma mera Escola Técnica para ser um centro de capacitação tecnológica com grande flexibilidade para atender as demandas de formação de cada região, no sentido de oferecer cursos específicos, adequados à realidade local. Em termos de estrutura, existe também a possibilidade de moldar o formato dos cursos para atender apropriadamente as demandas. O IFET pode oferecer cursos de longa e curta duração, destinados a quem fará o 2º grau ou a quem já fez. Atua na formação de tecnólogos e em cursos superiores e de pós-graduação.
    O Projeto enviado para a Câmara dos Deputados, segundo Gleuber Barbosa, enfatizou todas as potencialidades do município de Alagoinhas, sua posição estratégica e sua logística, bem como sua influência sobre os 22 municípios do Território de Identidade 18, que conta hoje com cerca de 800 mil habitantes. “Fizemos um projeto para o município, mas de maneira que ele vai se abrindo como um leque de maneira a atender toda a região, sem perder a sua condição de centro irradiador”.
    Laís Velloso esclareceu que esse instituto termina atendendo aos interesses da população de forma democrática porque ele não parte de um projeto fechado, existe uma etapa de audiências públicas para atender aos diversos interesses tanto dos grandes empreendedores quanto dos pequenos e da população de modo geral. “A instituição bem como o projeto que concebemos tem a característica de atender as perspectivas de crescimento, vislumbradas a curto, médio e longo prazo”.
    Por isso um dos focos trabalhados foi a condição de viabilizar Alagoinhas como pólo de produção de bebidas, considerando a qualidade de sua água, bem como as empresas que já transformam a cidade em um local destacado no que diz respeito a essa produção. Logicamente, a necessidade de profissionais para essas empresas está assinalada de forma prioritária no projeto, como também com relação à cerâmica e ao beneficiamento do couro. A área de petróleo também recebeu uma menção especial, mas nada impede que os cursos venham a formar profissionais voltados para diversas fontes de energia e que isso, de certa forma, será decidido pela sociedade.
    Como a intenção é atrair empresas, segundo Francislei Santana, é necessário preparar profissionais que atendam as necessidades básicas dessa clientela, mas pensando em um nível atualizado de desenvolvimento tecnológico. “Acho que não podemos pensar a indústria hoje sem a robótica, sem a mecatrônica e, em determinadas áreas como bebidas, alimentos, agricultura, pecuária e vestuário, sem os avanços dos processos químicos”.

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